Que me desculpem meus amigos Franciscos.

Mas hoje não venho falar de nenhum de deles. Não que a maioria dos Chicos e Franciscos que conheço não mereçam um post especial refletindo suas qualidades e ensinamentos.

São muitos os que tenho a honra de conhecer e muitas as qualidades a serem descritas. Pensei que isto pudesse ser uma questão puramente estatística, já que o nome Francisco, em 2020, representava 1,73% dos nomes de homens registrados no Brasil.

Mas não. Os meus “Franciscos” são muito mais do que 1,73% dos meus amigos.

O Francisco empresário, o educador, o construtor, o analista de sistemas, o primeiro coordenador de equipe (em quem muito me inspirei), o advogado, o neto do amigo, o pai da amiga.

O Chico assador. Ah, se este post falasse sobre comida…

O Chico amigo.

O Chico Papa.

Talvez estas conexões todas sejam criadas por obra de uma energia difícil de explicar: atração e devoção.

Mas hoje queria falar de um Chico muito especial. São Francisco de Assis.

Aliás, nunca tive muita devoção a santos, mas sempre fui verdadeiramente fã de São Francisco. Talvez pelo que ele significa, talvez pelo respeito aos animais, pela sua história de vida, por sua simplicidade. Talvez pela oração atribuída a ele.

Esta oração era cantada “de cor” nos tempos de grupo de jovens, mas o tempo têm me feito olhar para ela de uma forma diferente e admirá-la por toda sabedoria que traz…

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor,

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,

Onde houver discórdia, que eu leve a união,

Onde houver dúvida, que eu leve a fé” (*)

Tela São Francisco de Assis de Edu Mendonça

Era o dia em que se comemora o dia de São Francisco de Assis (04 de outubro). Recebo a mensagem de um novo seguidor no Instagram. Não sou exatamente o que se chama de uma pessoa atenta às redes sociais, mas desta vez fui ver quem era. Dei de cara com um artista fantástico: Edu Mendonça.

Entre várias obras maravilhosas, uma tela de São Francisco “falou” comigo.

Daí a tê-la aqui em casa foi só uma questão de tempo.

“Onde houver erro, que eu leve a verdade,

Onde houver desespero, que eu leve a esperança,

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,

Onde houver trevas, que eu leve a luz.” (*)

Desde então, o simples fato de olhar, mesmo que de passagem, para esta obra me traz bem-estar e muitas reflexões.

Aprendemos tanto sobre gestão. Nomes complexos. Termos sofisticados. Metodologias inovadoras. Siglas que todo CEO tem que saber usar ASAP, principalmente se seu negócio for B2B.

Neste meio às vezes me sinto como a criança que, no conto A Nova Roupa do Rei (de Hans Christian Andersen), grita:

– O rei está nu.

Tudo pode, e deveria ser tão mais simples…

“Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado;

compreender que ser compreendido,

amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado

e é morrendo que se nasce para a vida eterna…”(*)

O tempo tem me feito entender que toda metodologia está aqui, nestes versos, em forma de oração.

Ou, pelo menos, são as melhores dicas que alguém pode receber.

Enfim, obrigado Edu por, com sua arte, tornar a essência da vida mais presente no meu dia a dia.

(*) Oração de São Francisco

A Oração da Paz, também denominada de Oração de São Francisco, é uma oração de origem anônima que costuma ser atribuída popularmente a São Francisco de Assis.

Foi escrita no início do século XX, tendo aparecido inicialmente em 1912 num boletim espiritual em Paris, França.

Em 1916 foi impressa em Roma numa folha, em que num verso estava a oração e no outro verso da folha foi impressa uma estampa de São Francisco. Por esta associação e pelo fato de que o texto reflete muito bem o franciscanismo, esta oração começou a ser divulgada como se fosse de autoria do próprio santo.

No Brasil mais antiga versão conhecida desta oração é publicada em Anais da Câmara dos Deputados do Brasil em 1957.

Fonte: Wikipédia


Capela de São Francisco em Assis – sabedoria, simplicidade e beleza (linda foto de Vivian Frida Lustig)

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